12 de set. de 2012

Refrigerante comum pode aumentar o risco de parto prematuro


Extensa pesquisa concluiu que a probabilidade pode ser até 40% maior entre grávidas com sobrepeso e que consomem a bebida diariamente.


Um estudo feito com mais de 60.000 grávidas indicou uma relação entre o consumo de refrigerantes comuns, com açúcar, e um risco mais elevado de parto prematuro. Segundo os resultados, publicados na edição de setembro do periódico The American Journal of Clinical Nutrition, essa probabilidade pode ser 25% maior entre mulheres que ingerem mais do que uma dose desse tipo de bebida por dia quando comparadas com aquelas que nunca consomem o produto.
Essa não é a primeira vez em que pesquisas apontam para a influência da dieta alimentar materna sobre as chances de um parto prematuro — o alto consumo de gordura, de carne vermelha e de alimentos calóricos também já foi classificado como prejudicial à gestação, segundo os autores.

Esse estudo, desenvolvido na Universidade Sahlgrenska, na Suécia, analisou os dados de 60.761 mulheres grávidas que participaram de um levantamento sobre saúde materna e infantil entre os anos de 1999 e 2008. Ao longo da gestação, elas responderam a questionários sobre estilo de vida e alimentação, incluindo a quantidade de refrigerantes com adição de açúcar que elas consumiam.
No período da pesquisa, foram registrados 3.281 partos prematuros — cerca de 5,5% de todos os nascimentos. Os resultados indicaram que, quando comparadas às mulheres que nunca consumiam refrigerantes, aquelas que ingeriam apenas uma dose (um copo) da bebida ao dia apresentaram um risco 11% de terem um parto prematuro.
Excesso de peso — Os autores do estudo concluíram que o sobrepeso também contribui significativamente para esse risco. Quando comparadas apenas as mulheres que eram obesas, aquelas que consumiam ao menos uma dose de refrigerante por semana foram 30% mais prováveis de terem um parto prematuro do que aquelas que nunca ingeriam a bebida. O risco chegou a ser 41% maior entre aquelas que bebiam ao menos uma dose de refrigerante por dia.
No artigo, os pesquisadores lembram que o consumo de refrigerante costuma estar associado a outros fatores de risco para o parto prematuro, como um estilo de vida não saudável, obesidade e diabetes. “No entanto, nós não queremos dizer, com esses resultados, que as grávidas devem evitar a qualquer custo o consumo de refrigerantes açucarados, mas sim que elas devem reduzir essa ingestão e comer mais frutas e legumes na gestação”, diz Linda Eglund-Ogge, que coordenou o trabalho.

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